Domingo, 9 de Março de 2008

Magia ou Fantasia

 

Silêncio luar fantasia

Pensar à deriva sabor

Ténue sonolência magia

Caricias corpos calor

 

Toque arrepio sensação

Crescente sinal prazer

Quimica reagente emoção

Mente devaneio enlouquecer

 

Cume limite elevar

Estremece fogo vulcão

Seres enlaces levitar

Uníssono chegar erupção

 

Ofegantes colados sentir

Substancia inunda pulsar

Suavidade pele reluzir

Cúmplice troca olhar

 

Caricias corpos sabor

Ténue sonolencia fantasia

Pensar à deriva calor

Silêncio luar magia

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 

 


Sábado, 1 de Dezembro de 2007

O Velho Do Realejo

 

Lento atravessa o largo da feira

A custo arrasta a perna manca

As botas rotas cobertas de poeira

Rosto moreno farta cabeleira branca

 

Às costas uma velha caixa transporta

Carregado em esforço e na expressão

A saca de sarja o ombro suporta

vagaroso segue caminho de cajado na mão

 

A velha amoreira é o seu destino

E a sombra fresca da sua imponência

No banco de pedra que conhece desde menino

Descança o curvo corpo sua excelência

 

Ao pregão dos comerciantes tendeiros

O povo atraído vai-se chegando

Em algazarra reclamam os regateiros

Um justo preço vão negociando

 

O velho aproveita a clientela

E apruma-se por detrás do realejo

Subtil move a gasta manivela

No rolo as figuras desfilam em cortejo

 

A música soa em notas afinadas

O chapéu vazio aguarda no chão

O som deixa as gentes enfeitiçadas

No tilintar vai juntando para o pão

  

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Sábado, 27 de Outubro de 2007

Luzente Brilho Dos Amantes

 

 

Envolve a luminosidade

Ténue os sentidos desperta

Chama profunda de intensidade

O louco odor da paixão liberta

 

Recôndito refúgio aconchegado

Arde lenta subtil sugestiva

Brilha no escuro e incentiva

O momento tão desejado

 

As palavras sussurradas

Embaladas em puro prazer

Entre as sombras descaradas

Que a suave luz deixa ver

 

Lamparina Vela Candeia

Luzente brilho dos amantes

Companheira de tantos instantes

Sumida a noite clareia

 

Une no iluminar os desejos

O dócil roçar em sofreguidão

Sabor a mel nos delicados beijos

Guardiã dos segredos da paixão

  

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Sábado, 20 de Outubro de 2007

Imagino

 

Imagino teu corpo à beira mar

Nas rochas da falésia esculpido

A insistente erosão sábia a moldar

Pelas ondas delicadamente polido

 

Batem e salpicam em carícias

Gotas que cobrem de frescura

De transe quase há loucura

Nos arrepios que fazem delicias

 

Imagino em escultura morena

Bronzeada ao sol de Verão

Figura sensual e serena

Alquimia no sonho da ilusão

 

Negros cabelos soltos agitados

Pela brisa em suave afagar

Tons de negrume de enfeitiçar

Pela minha alma na escarpa pintados

 

Imagino a bruma à tua frente

Branca que se estende sedosa

Lençol de seda envolvente

Alva brancura fina preciosa

 

Leito desfeito enrugado

As ondas o fazem parecer

Momentos de louco prazer

Se esculpido estivesse a teu lado

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Sábado, 13 de Outubro de 2007

Nevoeiro Do Tejo

 

Entra pela barra em mar chão

A deslizar suave o sorrateiro

Envolve silencioso namoradeiro

Num dócil roçar de paixão

 

Arrasta o fresco da maresia

Sente-se o cheiro no ar inalado

Conta-nos histórias em poesia

Deita-se na lezíria cansado

 

Sonha com o seu esplendor

A doce ninfa sua sereia

Que encanta a bater na areia

Vem acordar o seu amor

 

Juntos embarcam na velha falua

Ouve-se o suave navegar

Deixam-nos o feitiço da lua

Que no seu brilho nos vem beijar

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Sexta-feira, 5 de Outubro de 2007

Piano Em (Des)Concerto

 

Escutem com atenção o ritmo do compasso

Longinqua sonoridade que soa suavemente

Gradual elevação da mente no espaço

Pelos dedos que deslizam nas teclas lentamente

Dedilham frágeis parecem mortos de cansaço

Em tumultuoso esforço se movem aparentemente

Esmorecido de dor ecoa em pesar o sofrimento

Em cada tecla premida o som de um lamento

 

Guardados na gasta pauta os velhos gemidos

Um a um de tristeza no escuro se fazem ouvir

Os dedos arrastam-se em dolorosos ais sumidos

A clave enrolasse sem alma para reagir

Subito silêncio surgem deles constragidos

Atormentados ao universo bradam a pedir

Uni-vos estrelas em ala na negra vastidão

Unam-se em arpões de fogo rasgando a imensidão

 

Fundem-se em erupção no firmamento a ecoar

Os dedos cravados nas teclas com violência

Nas cordas esticadas os martelos a castigar

Som repentino arrancado sem clemência

Movimentos endiabrados no teclado sem parar

Aumentam o compasso com extrema evidência

Ao som ensurdecedor o piano estremece

Estrondo clarão cai o pano e desaparece

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Sábado, 29 de Setembro de 2007

Vem

 

Vem dá-me a tua mão

Vamos os dois juntos passear

Apreciar a doce sensação

Da areia fina ao caminhar

Degustar a fresquidão

Ao sentir a brisa do mar

Ver as ondas na praia a morrer

Ao soar do seu suave bater

 

Vem comigo meu amor

Nem que seja só neste momento

Ver o pôr do Sol na sua cor

Rubra de sentimento

Na água do mar sem pudor

Nu mergulhar tão lento

Ver no horizonte o sumir

deste astro Rei a partir

 

Vem ver a Lua envergonhada

Tímida junto das estrelas surgir

Iluminar teu rosto minha amada

Revelar teus lábios a sorrir

Sentires-te por ela enfeitiçada

Mostrar teus olhos a luzir

Na tua silhueta o alvo brilhar

Contornos de luz que me farão sonhar

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 

música: praia,pôr do sol,lua,paixão

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2007

Quero(-Te)

Montanhas vales e oceanos percorri

Já não suporto a angustia deste viver

Regresso de longe para te ter

Não posso continuar mais sem ti

 

Consome-me de dor a solidão

Mata-me a crueldade da distância

A tristeza ecoa no meu coração

Castigado severamente por esta ânsia

 

É aqui contigo que quero estar

Porque te amo mais que à vida

Minha alma enferma consumida

Insistente clama pelo teu beijar

 

Quero-me aquecer no teu calor

No acordar pela manhã ser o primeiro

Saborear o doce gosto do teu sabor

Perfumar-me com o odor do teu cheiro

 

Quero-te meu amor perdidamente

Desejo teu corpo sensual aveludado

Sentir-me na tua pele colado

Loucos amarmo-nos intensamente

 

Em volúpia de paixão e prazer

Voar inconstante como as andorinhas

Quero em ti sentir-me a morrer

No teu ventre germinar sementes minhas .

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Segunda-feira, 17 de Setembro de 2007

Asas De Fogo

Pequenas poças de tinta na paleta deixadas

De cores estranhas de diferente brilhar

Aguardam serenas frescas separadas

Que o sábio pincel as venha buscar

Na branca tela em traços realçadas

A mão engenhosa do mestre as irá colocar

Enfeitiçantes estas cores irão fazer

Uma imagem encantada na tela aparecer

 

Mergulha na tinta o pincel tonto de loucura

Surgem as figuras no centro da tela

O feitiço da tinta dá vida à pintura

Nos traços graciosos que o mestre pincela

Uma fina e transparente nuvem de água pura

Um pássaro de fuligem do pincel cai

De asas abertas inesperado livre vai

 

Voa pássaro negro luzente deliciado

Na fina nuvem branca em levitação

Asas de fogo rasgam em voo picado

As partículas de água em suspensão

Rodopia veloz o seu corpo delicado

Traça no espaço um rasto de clarão

Em anel de fogo que contorna a imagem

Pintada na tela a vertiginosa viagem

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


Terça-feira, 11 de Setembro de 2007

Mulher Menina

 

Suave brisa das madrugadas

Que arrasta a alva neblina

Doce odor das pétalas molhadas

Em fragrância na água cristalina

Gotículas salpicam-na maravilhadas

O sensual corpo de mulher menina

Seu divino reflexo nas gotas matinais

Iluminado por raios de luz magistrais

 

Sensualidade beijada suavemente

O requintado afagar na macieza

São mornas carícias do sol nascente

Que vem deleitar-se na sua pureza

Brilham de encanto na manhã reluzente

As curvas perfeitas da sua beleza

Dóceis contornos esculpidos a cinzel

Que reflectem a frescura da sua pele

 

Nas gotas de água a espelhar

O formoso corpo na envolvência

Do exaltante perfume a emanar

Odor que provoca eloquência

Na fresca manhã a cintilar

A fugaz luz da sua existência

Soberba a feminina visão

Imagem que embebeda o coração

 

 

 

Editado por Barão Van Blogh .

 


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